Visão Geral


- Aniversário: 25 de outubro
- Fundação: 25 de outubro de 1897
- Padroeiro (a):SANTO ANTÔNIO
- Gentílio:
- Cep: 45200-000
- População: 156126 (estimativa)
- Presidente (a): (PV)
2021 - 2022
Índice
Cultura
Criada através da Lei Municipal n.º 1.793, de 22 de dezembro de 2008 a SECUT - Secretaria Municipal de Cultura e Turismo dispõe em seu organograma uma Diretoria de Gestão Cultural, Programas e Projetos e outra Diretoria de Desenvolvimento do Turismo. Como órgão colegiado está o Conselho Municipal de Cultura.
O Município de Jequié, avança no setor cultural, com a publicação de editais públicos de incentivo à cultura local, dispondo ainda de um Fundo Municipal de Cultura, e da Lei nº1.450 de incentivo à cultura por meio de dedução fiscal.
A Secretaria da Cultura e Turismo, promove o São João do município de Jequié, tido entre os maiores eventos do calendário junino baiano, onde se apresentam grandes nomes da música brasileira, além de incentivar à apresentação dos folguedos tradicionais.
A Academia de Letras de Jequié foi fundada em 20 de junho de 1997 e reúne intelectuais da cidade.
Atualmente, a SECUT - Secretaria da Cultura e Turismo, conduzida interinamente por Irailton Santos de Jesus (bacharel em Ciências Contábeis), está responsável pela execução da política pública de cultura no âmbito municipal, com a colaboração das diretorias: Depto. Administrativo, Programas e Projetos Culturais, conduzida pelo mesmo secretário, Promoção Cultural, conduzido pelo empresário Ricardo Brito Ferreira e diretoria de Desenvolvimento do Turismo, conduzido pelo enfermeiro Saillon Santos Silva.
A SECUT mantém uma grade fixa de projetos culturais, a serem realizados durante todo o ano, na Casa da Cultura Pacífico Ribeiro, além de outras atividades de dinamização e promoção da cultura no Teatro Municipal, Biblioteca Municipal e Museu Histórico.
Eventos e datas comemorativas:
Junho: Trezenário (dias 31 de maio até 13 de junho) de Santo Antônio de Pádua (padroeiro) e Festa de São João.
Julho: Desfile Cívico no dia 2 de julho (Independência da Bahia).
Setembro: Desfile Cívico de 7 de setembro (Independência do Brasil); No dia 27, muitas residências e terreiros jequieenses oferecem um caruru à Cosme e Damião, sincretizados com os ibejis pelas religiões afro-brasileiras.
Outubro: Desfile Cívico no dia 25 de outubro - aniversário da cidade.
Geografia
Jequié é a cidade baiana que mais recebeu imigrantes italianos no estado da Bahia, embora a colônia tenha entrado em decadência a partir de meados do século XX. Diferente do que aconteceu com a colônia italiana de Itiruçu, por exemplo, que apesar da miscigenação com brasileiros de diversas etnias, houve uma certa conservação de costumes[22]..
Os italianos radicados em Jequié vieram principalmente de Trecchina (pronuncia-se Tréquina), na região da Basilicata. O pioneiro foi o já citado José Rotondano (nome de origem: Giuseppe), que viu em Jequié um grande potencial econômico, na época arraial de passagem para tropeiros. Com o tempo vieram mais conterrâneos seus, que foram de significativa importância para o crescimento da cidade. Tanto, que na década de 1930 o italiano Vicente Grillo era um dos homens mais ricos da Bahia, e Jequié era a quarta cidade do estado em economia.
Italianos de destaque durante a primeira metade do século XX
José Rotondano (italiano: Giuseppe): pioneiro da colônia italiana em Jequié
Vicente Grillo (italiano: Vincenzo): capitalista, grande filantropo e benemérito
Antonio Lomanto: era mais conhecido como "Tote Lomanto", foi agricultor, fazendeiro e pai do ex-governador Lomanto Júnior
Giovanibattista Scaldaferri (o Batista), que, com seus irmãos Antônio, Attilio e Ferdinando[23], tiveram grande atuação na cidade com a empresa Batista Scaldaferri & Irmãos, bem como à frente do Vice-Consulado da Itália na Bahia, entre 1914 e 1930
Padre Spínola: educador, fundou o "Gymnasio de Jequié" (CEMS)
Fernando Biondi' (italiano: Ferdinando) e 'Almerico Biondi (italiano: idem): irmãos e donos da "Grande Padaria Bahiana", a maior em Jequié na época
Miguel Ferraro (italiano: Michele): dono do "Bar e Pastellaria Fascista", que fechou em 1942 por ordem do governo brasileiro, durante período da Segunda Guerra Mundial
Geraldo Orrico (italiano: Gerardo): empresário e sócio-fundador da "Geraldo Orrico & Cia", firma fundada em 1907
André Leto (italiano: Andrea): foi proprietário, ainda nos anos 1920, de um dos primeiros cinemas de Jequié, o "Ítalo-Brazil"
Outros imigrantes
Além dos italianos, Jequié acolheu imigrantes de outras nacionalidades, principalmente sírios, libaneses, judeus e espanhóis. A maioria foram atraídos pelo sucesso que a colônia italiana vinha obtendo na época. Embora em menor número, esses imigrantes também foram de grande importância para o crescimento da cidade, onde boa parte se dedicaram ao comércio. Entre os espanhóis destaca-se o engenheiro Apolinário Peleteiro, que ostentava grande prestígio durante a primeira metade do século XX. Dos judeus e sírio-libaneses, é possível mencionar as famílias: Cohim, Morbeck, Saback, Salomão, Erdens, dentre outras.
Jequié é cortada literalmente pelas rodovias federais BR-116 e BR-330. A primeira faz a ligação longitudinal norte-sul, com uma extensão municipal de 60 kms, além de ter na BR-330 a ligação entre a Chapada Diamantina e a Zona Cacaueira. Nas rodovias estaduais temos as BA-130, BA-547, BA-549, BA-555, BA-558 e BA-891.
População
Jequié é um município brasileiro do estado da Bahia. Está a 365 km de Salvador, no sudoeste da Bahia, na zona limítrofe entre a caatinga e a zona da mata. Em 2020 a cidade tinha uma população estimada em 156 126 habitantes.
Clima
Em Jequié, o verão é longo, quente, opressivo e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável, úmido e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 17 °C a 32 °C e raramente é inferior a 15 °C ou superior a 35 °C.
Baseado no índice de turismo, a melhor época do ano para visitar Jequié e realizar atividades de clima quente é do início de junho ao fim de setembro.
A época menos encoberta do ano em Jequié começa por volta de 22 de abril e dura 6,0 meses, terminando em torno de 24 de outubro. Em 9 de setembro, o dia menos encoberto do ano, o céu permanece sem nuvens, quase sem nuvens ou parcialmente encoberto durante 76% do tempo e encoberto ou quase encoberto durante 24% do tempo.
A época mais encoberta do ano começa por volta de 24 de outubro e dura 6,0 meses, terminando em torno de 22 de abril. Em 2 de dezembro, o dia mais nublado do ano, o céu permanece encoberto ou quase encoberto durante 72% do tempo e sem nuvens, quase sem nuvens ou parcialmente encoberto durante 28% do tempo.
A porcentagem de tempo passada em cada faixa de nebulosidade, categorizada pela porcentagem de céu encoberto por nuvens.
Precipitação
É considerado dia com precipitação aquele com precipitação mínima líquida ou equivalente a líquida de 1 milímetro. A probabilidade de dias com precipitação em Jequié varia ao longo do ano.
A estação de maior precipitação dura 8,2 meses, de 11 de novembro a 17 de julho, com probabilidade acima de 33% de que um determinado dia tenha precipitação. A probabilidade máxima de um dia com precipitação é de 44% em 21 de abril.
A estação seca dura 3,8 meses, de 17 de julho a 11 de novembro. A probabilidade mínima de um dia com precipitação é de 21% em 28 de setembro.
Dentre os dias com precipitação, distinguimos entre os que apresentam somente chuva, somente neve ou uma mistura de ambas. Com base nessa classificação, a forma de precipitação mais comum ao longo do ano é de chuva somente, com probabilidade máxima de 44% em 21 de abril.
Chuva
Para demonstrar a variação entre os meses e não apenas os totais mensais, mostramos a precipitação de chuva acumulada durante um período contínuo de 31 dias ao redor de cada dia do ano. Jequié tem variação sazonal significativa na precipitação mensal de chuva.
Chove ao longo do ano inteiro em Jequié. O máximo de chuva ocorre durante os 31 dias ao redor de 1 de dezembro, com acumulação total média de 98 milímetros.
O mínimo de chuva ocorre por volta de 20 de setembro, com acumulação total média de 36 milímetros.
Precipitação média (linha contínua) acumulada durante o período contínuo de 31 dias ao redor do dia em questão, com faixas do 25º ao 75º e do 10º ao 90º percentil. A linha fina pontilhada é a correspondente precipitação média de neve equivalente a líquido.
Sol
A duração do dia em Jequié varia ao longo do ano. Em 2021, o dia mais curto é 21 de junho, com 11 horas e 18 minutos de luz solar. O dia mais longo é 21 de dezembro, com 12 horas e 57 minutos de luz solar.
Número de horas em que o sol é visível (linha preta). De baixo (mais amarelo) para cima (mais cinza), as faixas coloridas indicam: luz solar total, crepúsculo (civil, náutico e astronômico) e noite total.
O dia em que o sol nasce mais cedo é 21 de novembro, às 05:01. O nascer do sol mais tarde ocorre 1 hora e 3 minutos depois, às 06:05 em 9 de julho. O dia em que o sol se põe mais cedo é 31 de maio, às 17:18. O dia em que o sol se põe mais tarde ocorre 57 minutos depois, às 18:15 em 22 de janeiro.
O horário de verão não é implementado em Jequié durante 2021.
Dia solar durante o ano de 2021. De baixo para cima, as linhas pretas são a meia-noite solar anterior, o nascer do sol, o meio-dia solar, o pôr do sol e a meia-noite solar seguinte. O dia, os crepúsculos (civil, náutico e astronômico) e a noite são indicados pelas faixas coloridas que vão do amarelo ao cinza.
Lua
Jequié tem variação sazonal extrema na sensação de umidade.
O período mais abafado do ano dura 9,7 meses, de 17 de setembro a 6 de julho, no qual o nível de conforto é abafado, opressivo ou extremamente úmido pelo menos em 53% do tempo. O dia mais abafado do ano é 1 de abril, com condições abafadas durante 98% do tempo.
O dia menos abafado do ano é 12 de agosto, com condições abafadas durante 38% do tempo.
A velocidade horária média do vento em Jequié passa por variações sazonais pequenas ao longo do ano.
A época de mais ventos no ano dura 3,5 meses, de 5 de agosto a 19 de novembro, com velocidades médias do vento acima de 7,8 quilômetros por hora. O dia de ventos mais fortes no ano é 11 de outubro, com 8,8 quilômetros por hora de velocidade média horária do vento.
A época mais calma do ano dura 8,5 meses, de 19 de novembro a 5 de agosto. O dia mais calmo do ano é 25 de março, com 6,9 quilômetros por hora de velocidade horária média do vento.
Velocidade média horária do vento (linha cinza escuro), com faixas do 25º ao 75º e do 10º ao 90º percentil.
A direção média horária predominante do vento em Jequié é do leste durante todo o ano.
A porcentagem de horas em que o vento tem direção média de cada uma das quatro direções cardeais de vento, exceto nas horas em que a velocidade média do vento é inferior a 1,6 km/h. As áreas mais esmaecidas nas interseções indicam a porcentagem de horas passadas nas direções intermediárias implícitas (nordeste, sudeste, sudoeste e noroeste).
Melhor época do ano para visitar
Para caracterizar até que ponto o clima durante o ano é agradável em Jequié, nós calculamos dois índices de viagem.
O índice de turismo, dá preferência a dias pouco encobertos e sem chuva, com sensação de temperatura entre 18 °C e 27 °C. Baseado nesse índice, a melhor época do ano para visitar Jequié e realizar atividades turísticas gerais ao ar livre é do início de junho ao fim de setembro, com o índice máximo na primeira semana de agosto.
índice de turismo
Nosso índice de céu encoberto é 10 para céu totalmente sem nuvens, diminuindo linearmente para 9 no caso de céu quase sem nuvens e 1 para céu totalmente encoberto.
Nosso índice de precipitação, que se baseia na precipitação de 3 horas centralizadas na hora em questão, é 10 para precipitação zero, diminuindo linearmente para 9 no caso de precipitação desprezível e para 0 no caso de precipitação igual ou superior a 1 milímetro.
Nosso índice de temperatura de turismo é 0 para sensação de temperatura abaixo de 10 °C, subindo linearmente para 9 no caso de 18 °C, para 10 no caso de 24 °C, diminuindo para 9 no caso de 27 °C e para 1 no caso de 32 °C ou mais quente.
Nosso índice de temperatura de praia/piscina é 0 para sensação de temperatura abaixo de 18 °C, subindo linearmente para 9 no caso de 24 °C, para 10 no caso de 28 °C, diminuindo linearmente para 9 no caso de 32 °C e para 1 no caso de 38 °C ou mais quente.
Estação de cultivo
A temperatura em Jequié é suficientemente quente durante todo o ano para que faça sentido discutir a estação de cultivo dessa perspectiva. No entanto, incluímos o gráfico abaixo como ilustração da distribuição de temperaturas durante o ano.
Energia solar
A energia solar de ondas curtas incidente diária média passa por variações sazonais moderadas ao longo do ano.
O período mais radiante do ano dura 5,8 meses, de 15 de setembro a 10 de março, com média diária de energia de ondas curtas incidente por metro quadrado acima de 6,7 kWh. O dia mais radiante do ano é 10 de fevereiro, com média de 7,1 kWh.
O período mais escuro do ano dura 2,5 meses, de 15 de maio a 31 de julho, com média diária de energia de ondas curtas incidente por metro quadrado abaixo de 5,3 kWh. O dia mais escuro do ano é 22 de junho, com média de 4,9 kWh.
A topografia dentro do perímetro de 3 quilômetros de Jequié contém variações significativas de altitude, com mudança máxima de 238 metros e altitude média acima do nível do mar igual a 221 metros. Dentro do perímetro de 16 quilômetros, há variações significativas de altitude (797 metros). Dentro do perímetro de 80 quilômetros, há variações grandes de altitude (1.086 metros).
A área dentro do perímetro de 3 quilômetros de Jequié é coberta por arbustos (37%), árvores (23%), pasto (21%) e terra fértil (11%); dentro do perímetro de 16 quilômetros, por árvores (57%) e arbustos (22%). Finalmente, dentro do perímetro de 80 quilômetros, por árvores (48%) e arbustos (19%).
Jequié, Bahia, Brasil
A cidade de Jequié compreende os biomas Caatinga e Mata Atlântica, com uma zona de transição conhecida como Mata de Cipó, e é abastecida pela bacia do Rio de Contas. Apresenta riqueza de espécies tanto em flora quanto em fauna.
O clima predominante é o semiárido.
História
A palavra Jequié deriva do Tupi, JEQUI: cesto afunilado, usado como armadilha para peixes, tendo como variações cacuri, jequiá, jiqui, jiquiá, juquiá, jequié.
O município se desenvolveu a partir da movimentada feira que atraía comerciantes de todos os cantos da região, no final do século XIX. Pertencente ao município de Maracás de 1860 a 1897, Jequié abastecia as regiões Sudeste e Sudoeste da Bahia, assim como a bacia do Rio de Contas. Com sua crescente importância como centro de comércio, a cidade cresce então linearmente às margens do Rio de Contas que, na época, era mais volumoso e estreito, e cercado por uma extensa mata.
O município de Jequié é originado da sesmaria do capitão-mor João Gonçalves da Costa, que sediava a fazenda Borda da Mata. Esta mais tarde foi vendida a José de Sá Bittencourt, refugiado na Bahia após o fracasso da Inconfidência Mineira. Em 1789, com sua morte, a fazenda foi dividida entre os herdeiros em vários lotes. Um deles foi chamado Jequié e Barra de Jequié.
Pelo curso navegável do Rio de Contas, pequenas embarcações desciam transportando hortifrutigranjeiros e outros produtos de subsistência. No povoado, os mascates iam de porta em porta vendendo toalhas, rendas, tecidos e outros artigos trazidos de cidades maiores. Tropeiros chegavam igualmente a Jequié carregando seus produtos em lombo de burro. O principal ponto de revenda das mercadorias de canoeiros, mascates e tropeiros deu origem à atual Praça Luís Viana, que tem esse nome devido a uma homenagem ao governador da Bahia que emancipou a cidade.
Ali veio a desenvolver-se a primeira feira livre da cidade que, a partir de 1885, ganhou mais organização com a decisão dos comerciantes italianos: José Rotondano, José Niella e Carlos Marotta, de comprarem todo o excedente dos canoeiros e de outros produtores.
Emancipação política
Em pouco tempo, Jequié tornou-se distrito de Maracás, e dele se desmembrou em 1897, tendo como primeiro intendente (prefeito) Urbano Gondim. A partir de 1910 é que se torna cidade e já se transforma em um dos maiores e mais ricos municípios baianos. O nome "Jequié" é uma palavra indígena para designar "onça", em alusão a grande quantidade desses animais na região. Outros historiadores já afirmam que o topônimo tem origem no "jequi", um objeto afunilado, muito utilizado pelos índios mongoiós para pescar no Rio de Contas.
Jequié: capital da Bahia
Importante episódio da história estadual foi a decisão inusitada tomada pelo então Presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Aurélio Rodrigues Viana que, assumindo o governo em 1911, decretou a mudança da capital do estado, de Salvador para Jequié, ocasionando imediata reação do Governo Federal, que bombardeou Salvador e forçou a renúncia desse mesmo governador, que adotara a medida. Jamais tendo se constituído de fato, o gesto entretanto marcou a História da Bahia, como um dos mais tristes, sobretudo pelo o bombardeio da capital, provocando o incêndio da biblioteca pública, onde estava guardada a maior parte dos documentos históricos de Salvador.
Destruição e recomeço
Depois da terrível enchente de 1914, que destruiu quase tudo em Jequié, a feira, o comércio e a cidade passaram a desenvolver-se em direção às partes mais altas. Após a enchente, Jequié ficou conhecida como a "Chicago Baiana", pois essa cidade norte-americana também foi destruída, em 1871, e teve que recomeçar quase do zero. A diferença é que Jequié acabou em água e Chicago em fogo. Em 1919, o então intendente Antero Cícero dos Santos, inaugurou o cemitério municipal São João Batista, no atual bairro do Joaquim Romão.
Desenvolvimento urbano e crescimento econômico
No dia 1 de setembro de 1923 foi instalada a agência do Banco do Brasil em Jequié. Primeiro funcionou no saudoso "Sobrado dos Grillos", depois foi para a Avenida Rio Branco, em seguida para a Praça Ruy Barbosa, e nos dias atuais funciona na Rua da Itália. A cidade foi a primeira da região sudoeste da Bahia a ter uma agência do Banco do Brasil.
Jequié foi emancipada durante o governo de Luís Viana (1896-1900).
Apesar das ações de desmatamento que acabaram por assorear o Rio de Contas, impossibilitando a navegação, a cidade seguiu firme em direção ao progresso e, em 1927, festejou a chegada da "Estrada de Ferro Nazareth". Nesse tempo, Jequié era a quarta cidade mais importante da Bahia e teve no comerciante Vicente Grillo o seu grande benemérito. Em 1930, com o advento da Revolução, o então intendente (prefeito) Geminiano Saback teve que deixar o cargo, interrompendo assim o seu projeto de pavimentar a cidade.
Durante a gestão do advogado Virgílio de Paula Tourinho (1934-1937), a cidade entrou em um rush de obras jamais visto. A feira foi deslocada da Praça Ruy Barbosa para a Praça da Bandeira, onde antes havia um mangueiro. As ruas do centro foram calçadas e a zona de meretrício foi deslocada do Beco do Cochicho (Rua Damião Vieira) para a antiga Ladeira do Maracujá, hoje parte da Rua Manuel Vitorino, que na época ficava fora do perímetro urbano.
Com a reforma ortográfica de 1943, um grupo de intelectuais propôs a mudança da grafia do nome da cidade para "Jiquié", ideia que não vingou. Em 1948, a retirada de uma gameleira centenária, situada na Praça Ruy Barbosa, causou grande comoção popular. No mesmo ano, artistas e intelectuais cantam e publicam poesias para homenagear a árvore desaparecida.
Durante as décadas de 1940 e 1950, foram aterradas as várias lagoas que existiam nas proximidades do centro. Segundo o discurso apresentado pelos políticos da época, elas atrapalhavam no crescimento da cidade. Foi um grave erro. Tal atitude, somada com a destruição da mata ciliar do Rio de Contas, contribuiu para aumentar o aquecimento climático de Jequié. Entre as muitas lagoas aterradas, podem ser citadas a Lagoa do Maringá (atualmente um largo), a Lagoa da "Manga do Costa" (hoje Centro de Abastecimento Vicente Grillo), e a Lagoa que se localizava ao fundo do Jequié Tênis Clube. Nesta última, em fins dos anos 1930, havia prática de esportes como remo, natação e outras recreações.
Em 1954, o então prefeito Lomanto Júnior inaugurou, na Praça da Bandeira, o Mercado Municipal de Jequié, um dos melhores do interior do estado.
Turismo
Jequié é uma cidade bastante simpática, com diversos pontos turísticos e monumentos históricos.
Como ir?
Jequié não possui aeroporto, mas vários voos conectam algumas das principais cidades do país a cidades próximas do seu destino. Algumas conexões que é possível fazer:
Voos para Ilhéus + 190 quilômetros de ônibus
Voos para Vitória da Conquista + 150 quilômetros de ônibus
Voos para Salvador + 360 quilômetros de ônibus
Outras opções, dependendo do estado onde morar, é ir diretamente de ônibus ou carro para Jequié.
Pontos turísticos
Cidade tranquila, Jequié possui diversos atrativos, seja para aqueles que gostam de ficar mais próximo a natureza, seja para aqueles que desejam conhecer um pouco mais de história no primeiro estado colonizado do Brasil ou ainda deseja apenas relaxar em um município menos agitado.
Rio das Pedras
Principal atração turística natural de Jequié, a cachoeira do Rio das Pedras está localizada há cerca de seis quilômetros da sede do distrito de Florestal. Você pode tanto optar por ir de carro, como também contratar um guia para te levar ao local. Ao chegar a Florestal, basta seguir direto até o fim do calçamento, percorrendo mais 400 metros até o Bar e Restaurante do Joia.
Por lá, você encontra uma paisagem deslumbrante, restaurante com mesas e cadeiras de madeira sombreadas por árvores da mata atlântica e claro, o Rio das Pedras, bastante propício para banho e para aqueles que gostam de aventurar-se nos esportes radicais como downhill, além de trilhas para caminhadas.
Catedral de Santo Antônio
Com a sua construção iniciada em 1899, a Catedral de Santo Antônio de Pádua em Jequié, é uma das obras mais importantes da região. A primeira capela foi erguida em 1914, onde atualmente está localizada a Praça Luiz Viana Filho. Uma curiosidade é que neste mesmo ano, a cidade sofreu com uma forte enchente, que inundou toda a área baixa, incluindo a capela.
Após o ocorrido, a comunidade entendeu que seria necessário construir a catedral em um lugar mais longe do Rio das Contas. Foi então que em 1927, a catedral foi finalmente erguida em uma obra arquitetada pelo francês André Saffrey. A inauguração oficial aconteceu em 1930. A Igreja de Santo Antônio é o monumento arquitetônico mais antigo de Jequié, sendo considerado um dos principais cartões postais da cidade. Em seu acervo, a catedral conta com arquivos fotográficos da época, documentos e registros de batismo quase centenários, além de registros dos festas da comunidade.
Museu Regional de Jequié
Com estilo colonial mourisco, o prédio do Museu Regional de Jequié logo chama a atenção dos turistas. Apesar do prédio ter sido inaugurado em agosto de 1934, o Museu de Jequié entrou em funcionamento apenas em 2006, contando com um acervo histórico do município, incluindo documentos, imagens, máquinas e demais objetos antigos que pertenceram a diversas famílias colonizadores da cidade.
O objetivo do local é contar a história da cidade através do seu acervo e exposições. As visitas são monitoradas e conforme dados da prefeitura, recebe cerca de 230 visitantes por dia.
Obelisco de Jequié
Um dos monumentos mais importantes da cidade, o Obelisco de Jequié está localizado na Praça Ademar Nunes Vieira, também conhecida como Praça da Bíblia. O monumento foi alvo de muita polêmica nos últimos anos, quando um vereador pediu um requerimento para que a obra fosse demolida e substituída, já que é um símbolo utilizado por faraós na história antiga.
O requerimento solicitava a construção de símbolo cristão, que condiz com o novo nome Praça da Bíblia. O Obelisco de Jequié não configura-se como patrimônio do Brasil, já que sua origem remonta justamente ao antigo Egito. Quem passa pelo local, logo é atraído pela beleza da obra.
Barragem da Pedra e Rio de Contas
Onde faz calor o ano inteiro, nada mais natural do que a água ser o principal meio de lazer da população. Em Jequié é assim. E é justamente nessa combinação que mora o potencial turístico da Cidade Sol, como é conhecido o município da zona turística Caminhos do Sudoeste.
Entorno da Barragem da Pedra, instalada no Rio de Contas giram as principais atrações da região. Dá para chegar até a entrada da barragem, a 18 km da sede, de ônibus ou carro. Do portão em diante, a caminhada é suave.
No Dia de São José, celebrado em 19 de março, o turismo religioso abraça o local. A Pedra Santa, onde existe uma pequena gruta dedicada ao santo, é o destino de uma romaria. A trilha é de contemplação, com um visual encantador.
A região do cajueiro e a Barragem do Criciúma também costumam ser bastante frequentadas por famílias inteiras para dar um mergulho e tomar uma cervejinha. Também é comum encontrar quem pratique jet ski nessas águas. Pode ser que você encontre um som alto aqui ou acolá, mas nada que chegue a atrapalhar o passeio.
Os mais aventureiros podem tomar o rumo da Pedra do Curral Novo, que oferece uma vista única de toda a área. Embora o acesso seja fácil, é necessário ter cuidado redobrado, por causa da altitude. Se estiver chovendo, nem pense em fazer o passeio.
Outro grande atrativo da região é a Cachoeira do Km 19 na BR 330, sentido Jequié-Ipiaú. De facílimo acesso, a água do Rio Preto do Criciúma é um alívio no calor forte.
Por estar situada em uma área de transição entre Mata Atlântica e Caatinga, fazer trilha em Jequié é poder entrar em contato com a riqueza desses dois biomas. Ainda que não demarcadas, elas são de fácil acesso. Mesmo assim é imprescindível ir acompanhado de alguém que conheça o caminho.
Letra do Hino
De morros circundada
Um sol ardente, Rio das contas, um lençol de prata
Cantando endechas pelo sol poente e às noites de luar em serenata
Datas idas, um moço inconfidente ficou na terra brava, em plena mata
Um marco que redoura o teu presente sob um facho de luz que se desata.
Jequié cidade sol, cidade sol é Jequié...
A heráldica do teu fidalgo porte
Força em teu povo a sagração viril
Que em empolga as caminhadas do teu norte
Que o teu futuro envolva em glórias mil
Para que invejando a tua sorte me abisme
Nas grandezas do Brasil.